terça-feira, 11 de maio de 2010

sim, e o que eu fiz?

fui olhar o orkut dele. é. eu sei, eu sei. cadê a novidade né? aff. sabe de uma coisa? percebi o quão ridículo isso soa. melhor. isso é. sério. cadê a minha dignidade, meu amor próprio? ou, pelo menos, o meu senso de auto-preservação? resposta: mandei para o espaço. saudades do tempo em que eu gostava de alguém e conseguia conviver com isso, sabe? ter aquilo pra mim, e  ninguém mais. sofria calada às vezes? sim. e agora? sofro abertamente. então, melhor o de antes né? sim. e por quê? porque eu não parecia uma mal-amada. ou melhor, uma não-amada. preciso parar com isso. mas eu não consigo. tô na curva desse círculo vicioso em que eu me meti. tô mals na faculdade. tô sem amigos. tô sem amor. tô sem auto-estima. o que me sobra? pra onde correr? não tenho mais. já usei todas as minhas cartas. e, muitas vezes, me feri com minhas próprias jogadas. uma cartada pra me tirar de uma má jogada, e acabei me complicando mais ainda. o maior exemplo disso é ele. foi o amor (paixão?) mais ao acaso do mundo. ele cantando, eu morrendo de rir, pensando 'nossa, esse menino é muito engraçado, e canta muito fofo. mas o tecladista dele ..' oaihaoiahaoihaioahioha morro de rir só de lembrar que eu achei o tecladista bonitinho na hora. mas na hora. depois, ah. me perdi naquele sorriso lindo que ele tem, na voz meio rouca.  me faz até mal lembrar daquele olhos e daquele sorriso. devia ser crime ter um conjunto de olhos-e-sorriso tão perfeitos como o dele. nasceram um para o outro. ele tem seus defeitos? têm. muitos. milhares. mas, e se eu te disser que eu amo cada um dos defeitos dele? eu queria muito ser a menina dos sonhos dele, dos olhos dele. eu queria ser aquela que o completaria. aquela com quem ele sempre sonhou. aquela para quem ele destinaria os melhores olhares, e dedicaria os melhores sorrisos. aquela para quem ele recitaria as mais belas frases. ou cantaria as mais toscas canções. eu queria esperar pra ser essa menina. mas duvido conseguir. não sou bela. antes eu era no mínimo 'fofinha', do tipo meiga, sabe? agradável. agora, tô um remedo de gente. e eu ainda tenho coragem de me perguntar por quê ele não me ama. me dói saber a resposta. me dói saber que eu não tenho chance de mudar. tentei. planejei. articulei meticulosamente um plano infalível. e, quem diria, não era tão infalível assim. teria ganhos a longo prazo. teria. não consegui um mínimo de sucesso nem no começo. sinceramente, eu queria esperar por ele. lembram do post com fotos do meu caderno? coraçãozinho aqui, 'TM' ali. pois é. não tô fazendo mais isso. UHU! oaihaoiahoiahoiaha. é, quando eu percebi, também me empolguei. mas então percebi que não tinha passado. não. foi só o momento 'declarações no caderno' que passou. esse momento passou. o sentimento perdura. eu queria esperar por ele. queria dar tempo ao tempo, para que esse tempo me transformasse. me tornasse a mulher decidida, forte, corajosa, e bonita que ele merece. mas eu tenho certeza de que não vai dar certo. sério. eu sei que esse plano está fadado ao insucesso. eu queria acreditar mas já dei tanto com os burros n'água que nem consigo me enganar mais. não consigo mentir pra mim. eu queria. queria que servisse de algo. mas é um plano falho. certo aquele que disse "não deixe sua felicidade depender de outra pessoa". enquanto isso não ocorrer, o plano de felicidade estará fadado ao insucesso. a menos que você seja um bom mentiroso, ao ponto de conseguir se enganar até chegar ao ponto final. o plano era bom. em termos, funcionaria mesmo que não funcionasse. entenda: funcionaria porque eu conseguiria me tornar o que há tanto eu quero, mas não funcionaria no que compete a ele. eu ficaria feliz mesmo assim. porque eu teria alcançado um dos objetivos. seria algo como usar um falso objetivo para alcançar outros no caminho. é tipo aquela de mirar o mais longe que você puder para que, caso não alcance, já vai ter chegado bem mais longe do que se você tivesse mirado no ponto em que parou logo de primeira. entendeu? pois é. mas eu não me engano. não consigo. já falhei tanto nisso que me falta credibilidade pra acreditar em mim mesma. é sério. mas, sabe o que eu quero agora? só quero passar dessa fase não conseguir guardar meus sentimentos em relação a ele só pra mim. acho que já melhorei bastante. frases no msn em nada - ou praticamente nada - indiretas. nem frases do orkut. alias, orkut só pra dizer que tem mesmo. e manter os contatos. e só. nada mais de escancarar quem eu sou, ou do que eu gosto. cansei de tentar fazer as pessoas gostarem de mim assim. ou melhor, de tentar convencer as pessoas de quem eu sou. sabe? cansei da imagem de direitinha que há muito construí - sem intenção mas construí mesmo assim. cansei de me colocar a prova, a julgamento, a avaliação. não. chega. estou tentando encarar essa política de auto-preservação. faz bem. não que eu esconda as coisas. não. só não fico mais esfregando na cara dos outros, e implorando para que vejam, e gostem de mim. é, fera, nada como uma dor-de-cotovelo e um belo chute na bunda pra fazer a gente mudar. nada como o extremo. o extremo é sempre bom. dizem que, para alguns, no fundo do poço existe uma mola. há casos em que isso funciona. mas, no todo, agora, sinto o fundo se aproximando. e nada de mola pra mim. mas, quer saber do pior?

as fotos dele, no álbum do orkut, continuam lindas. e eu continuo a fantasiar que ele é o príncipe em forma de sapo que ninguém - ou quase ninguém - consegue enxergar. e, doida-que-ele-ama, porra! deixe de ser lesa! olha pra ele! ame-o! faça-o feliz!

sinceramente, odeio ser tão lugar-comum. odeio seguir o roteiro dos apaixonados não-correspondidos. odeio ter que falar isso. simplesmente odeio. mas preciso dizer: se eu não posso fazê-lo feliz, faça-o você. a felicidade dele é o que me importa. vai doer quando eu ver? vai. vai me queimar. vai me rasgar por dentro. se hoje eu sinto os olhos marejados ao vê-lo tão lindo, de longe, sozinho, tenho certeza que vou sentir muito mais quando eu ver que a felicidade que antes ele encontrava em outros, encontrará somente nela. e que ela será aquele que eu tanto quis ser. e que ela vai representar pra ele tudo o que eu quis representar. vai doer. sim. vai ser cruel. mas, vocês sabem o que dizem por aí, né? eu sou masoquista sentimental. eu vou sofrer, mas acho que vou gostar.

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